A “posição do cadeirão” traduz na prática o princípio dos Cinco Animais Celestes da mitologia chinesa antiga. A ideia que exprime é simples: manter as costas protegidas, o nosso horizonte aberto, e garantir apoio tanto do lado direito como do lado esquerdo. Os dois aspectos mais importantes são as costas protegidas e a frente aberta. No caso de uma cadeira (ou sofá) conseguimos isto colocando as respectivas costas junto a uma parede fechada que nos permita ter o domínio visual total do espaço, e sobretudo do circuito porta–janela. No caso de uma cama deve procurar-se também sempre uma parede fechada para encostar a cabeceira. Tanto em camas como em assentos um bom espaldar, fechado e confortável, ajuda-nos a conter a energia nos rins, que são o nosso reservatório de vitalidade. O controlo visual de todo o espaço reduz a necessidade de ficarmos em estado de alerta, mesmo que apenas inconscientemente. Isto é muito importante, por exemplo, para nos sentirmos seguros na vulnerabilidade do sono. Mas também em actividade o sentimento de segurança é importante, para ficarmos o mais presentes possível naquilo que estamos a fazer. Para além do mais, quando o assunto é trabalho, é muito frequente a nossa secretária estar encostada a uma parede, ficando nós a olhar para essa parede. Isto para além de poder estar a deixar as nossas costas desprotegidas também nos está a fechar os horizontes de expansão e a bloquear-nos a energia criativa – literalmente. Por isso é muito importante montarmos o nosso espaço de trabalho de modo a que tenhamos “horizontes largos”. À nossa esquerda e à nossa direita é favorável termos elementos que nos ofereçam apoio. O lado esquerdo está ligado ao inicio da actividade, ao impulso criativo. Por isso estão recomendadas formas verticais e ascendentes. Já o lado direito está ligado à conclusão e à recolha de frutos. Por essa razão são recomendadas formas mais baixas e arredondadas, que inspirem agregação. As recomendações para o lado esquerdo e direito, acima referidas, são tipificações. Na prática ter duas mesas de cabeceira idênticas, por exemplo, é mais equilibrado. Podemos ainda agregar elementos que ofereçam as qualidades energéticas ascendente e agregadora, mas o mais importante é podermos contar com pontos de apoio – tanto práticos como simbólicos. Isso ajuda a que o nosso circuito energético interno encontre apoio no exterior. A “posição do cadeirão” é-nos pedida pelo nosso corpo, e muitas vezes colocamo-nos nesta posição naturalmente, em especial na colocação de camas. No entanto, apesar do princípio ser simples, acontece muitas vezes ser pouco viável de aplicar, por questões de aproveitamento do espaço. O que se pode fazer depende de cada situação em concreto, mas podemos sempre lembrar-nos de resguardar as costas na medida do possível e procurar manter o controlo visual da zona mais activa da divisão (frequentemente a porta). Também acontece a não aplicação advir de outras razões, como hábitos de organização do espaço ou preferências estéticas. E como é evidente todas as razões são válidas. Apenas ganhamos em lembrarmo-nos das mais valias de nos colocarmos na “posição do cadeirão”, para lhe darmos a prioridade devida sempre que possível. Se estas informações te foram úteis, conta-me nos comentários!
Ou se te surgiram questões ou sugestões escreve também! Com base nas tuas sugestões posso transmitir informação mais alinhada com a tua realidade. Grata!
5 Comments
Luísa Almeida
6/6/2016 14:55:58
Olá Cláudia, é sempre um prazer e uma mais valia ler e aplicar as suas sugestões, orientações e conselhos. Muito obrigada por tudo. Beijinhos
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Cláudia
6/6/2016 15:43:44
Obrigada Luísa!
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Maria da Luz fernandes
6/6/2016 17:04:06
Obrigada Cláudia! É sempre bom relembrar.Beijinhos
Teresa Baptista (amiga do Yôga)
7/6/2016 22:10:34
Gostei dos teus conselhos vou continuar a seguir-te. Beijinhos Teresa
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Cláudia
8/6/2016 14:53:40
Que bom Teresa! Beijinho grande!
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Olá!
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