Todos os objectos que nós, seres humanos, criamos são uma extensão de nós próprios. Criamos para satisfazer necessidades – físicas ou psicológicas – que ficam para além dos limites do nosso corpo. Na verdade, um dos aspectos que nos caracteriza enquanto espécie é justamente a criação de objectos que nos têm permitido subsistir ao longo de milénios. Sem eles seriamos seres muito vulneráveis. Os artefactos que criamos são assim sacralizados. Para além disso, o seu uso quotidiano faz-nos criar intimidade e identificação com eles – e muitos objectos tornam-se mesmo uma segunda pele. E o objecto primordial é certamente a casa. Todas as casas são a recriação do primeiro abrigo, da toca, da caverna. Acompanhando a nossa evolução estes abrigos também se foram tornando cada vez mais complexos. Mas as suas funções fundamentais mantêm-se: acolher, aconchegar, proteger. Precisamos de um ambiente recolhido para nos regenerarmos. Tanto física quanto mental e emocionalmente.
Sem um espaço que responda às nossas necessidades não é possível viver com qualidade por muito tempo. A saúde e o bem-estar são indissociáveis da forma como vivemos a nossa casa. Entretanto nem sempre as nossas casas parecem responder às nossas necessidades. Vale questionarmo-nos sobre os porquês e sobre o que podemos fazer para mudar a situação. É fácil saber quando precisamos de nos reconectar e mudar a relação que mantemos com o lugar que habitamos. Quando essa relação é saudável sentimo-nos bem em casa, não importa o quão modesta ela possa ser. De contrário há que fazer alguma coisa! Cuidar e mimar a nossa casa com regularidade é o primeiro passo para sanar questões domésticas. Reorganizar e renovar os ambientes é outra forma de intervir que tem efeitos fortíssimos - não só na nossa casa mas na nossa vida em geral. E aqui o Feng Shui pode dar-nos uma ajuda preciosa. Porque através desta abordagem podemos "ouvir" a nossa casa e a escolher as melhores opções de mudança. O Feng Shui é uma prática ancestral baseada na observação da Natureza. Por isso aplicar os seus princípios ajuda-nos a enraizar e a recriar o nosso espaço, atendendo às nossas necessidades mais profundas.
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